Um novo mundo floresceu...



   Na manhã do dia primeiro eu senti o seu novo mundo. O abismo já não era mais o mesmo. Eu circulei no vento que soprava as montanhas secas, mais era nas águas que eu mais estava presente. Plantas aquáticas, peixes gigantes davam pulos, os meus raios acompanhavam as nuvens do céu. 

Destilei a primeira chuva, na terra árida e seca. Formei os rios em sua plenitude. Fiz o jardim do Éden, o paraíso terrestre. As gotas de chuva caiam carregadas de mistério, lavavam o solo... Sementes primordiais eram lançadas sobre a terra. 

Pude sentir a primeira célula vegetal sendo criada pelo seu dedo, mergulhei no seu núcleo, e escrevi com minha mente os seus genes. Construí seus cromossomos, desenvolvi suas substâncias vitais. A semente se quebrou, e dela a chave do segredo da vida surgiu:



— Filho é preciso lançar a semente para germinar! Na semente mora minha luz, a terra é o seu abrigo. Eis que te lançarei por baixo da terra para que nasça no mundo dos mortais.



− Pai eu sou tua semente, estou nas tuas mãos. Faça a tua vontade sobre o teu filho, lanço-me na terra, eu quero nascer, eu quero crescer...




Então eu vi milhares de vegetais nascendo da terra molhada pela chuva primitiva, e eles cresceram. As montanhas secas e raspadas pelo calor, agora ficaram verdejantes. Na escura floresta milhões de isentos voavam, outros rastejavam, alguns pousavam sobre as extensas folhagens. 

Os grandes répteis circulavam com suas grandes patas que marcavam aquele chão. O seu jardim era tenebroso, monstros gigantes entravam nas cavernas, animais esquisitos. 

Esse era o seu paraíso. No entanto alguns desses animais deixaram de existir, por que nos seus projetos eu seria o filho do homem. Nunca imaginei que fosse me tornar o filho do homem, mais o pai quis que fosse assim. Por isso ele criou o homem, para que eu fosse o filho dele, e depois me tornasse o seu rei.


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